Apóstolo Renê Terra Nova e Assembleia de Deus investem em planejamento político para aumentar força eleitoral, afirma site

Cientes da força eleitoral de seus fiéis, as igrejas evangélicas estão cada vez mais se voltando para o campo político.
O Ministério Internacional da Restauração, em Manaus, pretende reeleger seu candidato oficial a vereador na capital do estado do Amazonas. “Em primeiro lugar, procuramos o perfil da pessoa justa que a Bíblia fala. No fundo, todo mundo quer saber em quem o pastor Renê vai votar. Aí a gente fala mesmo. Se alguém me perguntar, eu digo: eu vou votar no Marcel. O apóstolo Renê também fala”, afirma a pastora Nídia Limeira de Sá, integrante da equipe do apóstolo Terra Nova.
A Igreja Assembleia de Deus é a denominação com maior representatividade no estado, e possui seis vereadores eleitos em Manaus, e outros setenta e cinco no interior do Amazonas. A força política da igreja vem do planejamento e das ações do Departamento de Conscientização Política, organizado dentro da igreja, para instruir os fiéis. “Não tem isso de ‘candidato oficial’, mas é claro que existem, como posso dizer, nomes que são recomendados”, afirma um dos vereadores, Luis Mitoso (PSD).
Segundo reportagem do site D24AM, as igrejas adotam essa postura por considerarem a Bíblia um “livro político”, e que os fiéis devem ser orientados: “Quando o justo governa, o povo se alegra. A pessoa justa não pode negociar princípios, tem que agir dentro das leis. Ela tem que ter uma vida que realmente demonstre aquele evangelho, que ela diz que segue”, afirma a pastora Nídia, fazendo referência ao livro de Provérbios.
Rebatendo a máxima de que a política é um lugar sujo, a pastora entende que as igrejas deixaram isso de lado, para se envolver também nesse campo: “Nós agora temos uma perspectiva totalmente diferente: ninguém se suja quando não quer”, defende Nídia.
O objetivo é ampliar a presença nas bases eleitorais e a quantidade de votos obtidos por seus candidatos nas eleições municipais deste ano: “O importante não é a quantidade de parlamentares, mas sim o volume de votos”, afirma o vereador do Ministério Internacional da Restauração, Marcel Alexandre (PMDB).