A ex-senadora e ministra do meio-ambiente Marina Silva criticou a
proposta final feita pelo governo brasileiro para a conferência Rio+20,
dizendo que da forma como está, privilegia a economia.
A ex-candidata evangélica à presidência da República afirmou ainda
que o acordo feito entre os 193 países participantes da conferência é um
retrocesso em relação à Eco92, também realizada no Rio de Janeiro.
-A crise econômica está sendo privilegiada [na negociação]. O
documento é uma pá de cal na Rio+20. O erro não é colocar 100 bilhões no
FMI, é não colocar 100 bi em um fundo ambiental. Venceu a tese
norte-americana. Prevaleceu a tese de que esforços são bilaterais. Que
cada país tem que fazer as suas ações. Há um consenso de que o documento
não é satisfatório – criticou Marina em entrevista à Globo News.
A atual ministra do meio-ambiente, Izabella Teixeira, afirmou que
nas negociações foram garantidas medidas de consenso e assegurado um
“não-retrocesso” em relação à conferência de 20 anos atrás.
Marina Silva discordou e disse que o resultado foi “pífio” por não
garantir que os países invistam na preservação do meio ambiente: “O
documento é muito fraco. É uma demonstração de que o que nós estamos
enfrentando aqui, não é falta de ambição, é falta de compromisso”,
frisou Marina Silva.
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