Em Bom Princípio, município do interior do Rio Grande do Sul, um
padre está sendo acusado de discriminação por ter se negado a dar a
primeira comunhão a Cassio, um adolescente autista de 14 anos. Segundo a
família do garoto, ele está sendo vítima de preconceito por parte do
sacerdote católico.
O autismo trata-se de um transtorno de desenvolvimento que afeta
principalmente a interação social, mas, mesmo com a as limitações do
menino, Letus Maldaner, pai de Cassio, já havia preparado uma festa para
comemorar, após a missa, a conquista do filho. Mas, antes da
celebração, o padre Pedro Rotter informou que o Cassio não poderia
receber a hóstia no altar. “Simplesmente ele chegou no dia e disse que
não iria fazer a primeira comunhão”, contou o senhor Letus.
A justificativa do padre é que, durante um ensaio, há alguns dias
antes da cerimônia, o adolescente se recusara a abrir a boca. Isto teria
motivado o padre a tomar a medida para preservar a família de
constrangimentos, segundo ele. Padre Pedro ainda informou que avisou a
família com antecedência, e contou ter instruído a mãe a ensinar o
significado do ritual ao filho, já que ele não participou do curso
preparatório com duração de dois anos.
O bispo da Diocese de Montenegro, Dom Paulo de Conto, disse que o
adolescente receberá a comunhão em breve, porém, ele deverá passar por
um preparo especial, “A eucaristia não foi negada, mas sim adiada”,
explicou.
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