Um casal do Estado do Oregon-EUA foram sentenciados a prisão por  terem orado pedindo a Deus a cura para seu filho recém-nascido em vez de  leva-lo ao médico. Ficando assim entendido pelo Juiz como omissão de  socorro e o casal foi condenado.
O juiz Robert Herndon, de Oregon City, no Estado de Oregon (EUA),  anunciou no último dia 31 que Dale Hickman e sua mulher Shannon, ambos  na foto ao lado ficarão presos por 75 meses (6 anos e 25 dias) por terem  orado para que Deus curasse o seu filho recém-nascido em vez de levá-lo  a um hospital, acarretando o óbito da criança.
A condenação foi decidida em setembro e a sentença saiu agora.  Trata-se da maior pena já sentenciada para esse tipo de crime nos  Estados Unidos.
O Ministério Público acusou os pais de terem tido tempo suficiente  para levar a criança a um atendimento de emergência porque ela ficou em  agonia por pelo menos 45 minutos. Dale e Shannon, contudo, preferiram  “medicar” o filho com óleo de unção, enquanto oravam, de acordo com a  acusação do Ministério Público.
Em depoimento ao tribunal, um pediatra disse que, se a criança  tivesse sido socorrida a tempo, as chances de sobrevivência seriam de  99,9%.
Shannon disse que a respiração ofegante do filho durou apenas cinco  minutos antes que ele morresse, não havendo, portanto, segundo ela,  tempo para obter socorro médico.
Collin Fleming, o porta-voz do júri, afirmou que o testemunho de  Shannon não convenceu porque desde o começo da doença o casal já tinha  decidido não levar o filho a um hospital.
Dale e Shannon são devotos da Seguidores de Cristo, que é uma seita que  prega o poder de cura da oração. Outros fiéis já foram condenados por  rejeitar a medicina.
Encontra-seem tramitação em Oregon um projeto de lei que, se  aprovado, torna nula a “cura pela fé” como defesa jurídica em casos como  o do casal Hickman.

 
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