quinta-feira, 10 de novembro de 2011

Em polêmico livro, Pastor orienta pais a chicotearem filhos; Pais que mataram filhos afirmam que seguiram orientações do Pastor

O Pastor Michael Pearl e sua esposa, Debi, lançaram um livro chamado “Como educar o seu filho”, e defendem a teoria de que a Bíblia aconselha aos pais que castiguem seus filhos. “Os pais podem experimentar sentimentos que os impeçam de castigar os filhos, mas isso não é o amor de Deus, que criou as crianças e sabe o que é melhor para elas, ordenando aos pais que usem o chicote”, escreveu o casal em seu livro.
O Pastor afirma que foi puxando o cabelo do bebê que descobriu uma forma de educá-lo: “A minha esposa encontrou uma rápida solução. Quando o bebê a mordeu, ela puxou-lhe o cabelo”. A recomendação do Pastor Pear para crianças maiores, é que eles devem ser corrigidos com vara. “Para crianças com menos de um ano, os pais devem usar apenas uma vara de salgueiro, entre 25 a 30 centímetros de comprimento e uma polegada de diâmetro, isenta de nós, pois estes podem cortar a pele”.
Sobre armas, uma cultura norte-americana, Pearl afirma que as armas devem ficar em casa, à vista e carregadas, como forma de testar as crianças. “Se elas se aproximarem das armas devem bater-lhes com a vara”, ensina o Pastor em seu polêmico livro.
Embora Pearl alegue que seus métodos são baseados na Bíblia, a polêmica maior se instalou quando foram registrados casos de crianças que morreram após serem castigadas pelos pais, que afirmaram seguir os ensinamentos do livro do casal Pearl.
Segundo o Jornal de Notícias, no último mês de Maio, a menina Hana, filha adotiva do casal Larry Williams e Carri de Sedro-Woolley, foi encontrada morta no quintal de casa. Nua e desnutrida, a menina tinha sinais de espancamento com um tubo plástico. Os pais declararam-se inocentes no julgamento, pois seguiam as orientações do livro “Como educar seu filho”.
O mesmo instrumento foi utilizado pelos pais de Lydia Schatz de 11 anos, filha adotiva de Kevin e Elizabeth Schatz. O resultado não foi diferente: a menina foi espancada até a morte, e os pais estão presos.
Sobre esses casos, Pearl afirma que culpar o livro pelo abuso de alguns pais é um absurdo, e ressalta que suas orientações não devem ser usadas para descontar a raiva que os pais possam estar sentindo

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