quinta-feira, 1 de dezembro de 2011

Caio Fábio fala sobre a condenação à quatro anos de prisão: “sentença não tem fundamento”

O Pastor Caio Fábio, condenado pela Justiça Eleitoral a quatro anos de prisão por seu envolvimento no caso do Dossiê Cayman, publicou em seu site um artigo intitulado “Ironias da vida e da história”, em que ele se manifesta a respeito da decisão tomada pela Juíza Léa Maria Barreiros Duarte.
No artigo, Fábio afirma que não se surpreendeu com a notícia, pois o caso para ele é “familiar” e contou detalhes do processo. Afirmou ainda que, a respeito do Dossiê Cayman, falará “quando Deus der permissão”.

Fábio afirma que se viu envolvido em um caso complexo, e que mediu consequências para não cometer injustiças. “Eu passei a vida adulta, depois de convertido, tentando fazer aquilo que realizava o bem ao meu próximo. No entanto, em 1998, eu me vi no meio de uma trama diabólica, de natureza política (ambiente no qual eu nunca havia andado, pois, nunca nele confiei), a qual, pela sua própria natureza, em sendo verdade, faria bem ao país, mas não sendo verdade, poderia fazer muito mal a algumas pessoas, entre elas o Presidente Fernando Henrique Cardoso”, relata o Pastor.
O Dossiê Cayman reunia acusações, que depois foram comprovadas serem falsas, contra a cúpula do PSDB, partido do então Presidente FHC.
Chamando atenção àquilo que define como sua “vocação”, Caio Fábio afirma que mesmo que fosse verdade, as acusações causariam muito mal a pessoas inocentes: “Mesmo que fosse verdade, mal faria a ele e a sua casa, pois, o país se livraria de uma eventual corrupção, mas nem por causa disso os implicados deixariam de sofrer muito, e, provavelmente, alguns até inocentemente. Minha vocação e minha natureza clamam pela defesa, sempre; nunca pela acusação!”, referindo-se ao ex-presidente Cardoso.
Caio Fábio expressa a tranquilidade que afirmou ter em declaração ao Jornal Folha de S. Paulo, em um trecho de seu artigo, quando cita a intervenção do ex-presidente Fernando Henrique Cardoso a seu favor, durante o processo. “Muitas vezes na vida eu havia servido aos meus adversários, pois esta era e é minha consciência. Algumas vezes vi os adversários não aguentarem as brasas vivas do bem sobre suas consciências, e, assim, renderem-se ao amor que recebiam. Mas eu jamais esperaria que o Presidente Fernando Henrique Cardoso haveria de autorizar e estimular o seu secretário de governo, Eduardo Jorge, a ser testemunha em meu favor, no processo que o próprio Ministério da Justiça havia movido contra mim, em razão do envolvimento do meu nome no chamado ‘Dossiê Cayman’”, conta Caio Fábio.
Em um outro artigo, em que ele reúne trechos de outros textos produzidos por ele para seu próprio site, Caio Fábio cita os relacionamentos que construiu no meio político, e sua liberdade em conversar com os líderes dos principais partidos do país. Em meio a essas citações, fala sobre a amizade que construiu e manteve por um bom tempo com o ex-presidente Lula, a quem afirma ter aconselhado algumas vezes, a respeito de como superar a rejeição que existia no meio evangélico contra ele.
Encerrando seu texto, Caio Fábio evoca a justiça divina, manifestando confiança de que o resultado de seu recurso contra a condenação será positivo: “Assim, aprendi mais uma importante lição na vida, e dela jamais me esquecerei: Deus é Aquele que muda o coração dos reis assim como muda as curvas de um riacho. E isso tudo sem a intervenção humana no processo. A cada dia que passa, mais aprendo que Deus tem a vida de todos em Suas mãos, e que remove reis e estabelece reis”.

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