terça-feira, 17 de janeiro de 2012

Missionários cristãos investem na evangelização de indios brasileiros

Em 1991 a FUNAI expulsou os missionários cristão das aldeias indígenas. O principal motivo para a expulsão foi que os religiosos estariam contaminando os índios com doenças. A estimativa é que isso tenha sido a causa da morte de 30% dos índios evangelizados.
Mas desde o 4º Congresso Brasileiro de Missões, que ocorreu no final de 2011, lideranças cristãs vem trabalhando para contornar o problema. Como as missões não podem mais se instalar de maneira permanente nas aldeias, os religiosos estão transformando os índios já evangelizados em missionários.
No congresso o presbiteriano Ronaldo Lidório, 45, dirigindo-se aos índios ali presentes, conclamou no microfone: “Precisamos de mais 500 novos missionários para pregar o Evangelho a todos os povos indígenas”.
O presidente da Novas Tribos do Brasil, Edward Luz, disse em entrevista ao jornalista Felipe Milanez da revista Rolling Stone Brasil: “O Estado não pode impedir que um índio se encontre com outro índio”.
O principal foco da associação presidida por Luz é preparar para o campo missionário os índios não aldeados que cursam faculdade. “A maioria desses índios voltará ao seu povo para pregar o evangelho”, afirmou. “Contra essa força não haverá resistência [da FUNAI]”.
Os líderes missionários consideram os índios pastores como a “terceira onda evangelizadora”. Segundo eles na primeira, os missionários eram estrangeiros e, na segunda, brasileiros não indígenas e agora a terceira é formada pelos próprios índios.
O principal foco dessa terceira onda evangelizadora são as cerca de 150 etnias que nunca foram tocadas pelos ensinamentos da Bíblia. Entre elas, estão as “etnias remotas”, que não tiveram nenhum ou pouco contato externo.
O presidente da Conplei (Conselho Nacional de Pastores e Líderes Evangélicos Indígenas), Henrique Terena, é um exemplo da força da referida “terceira onda”. O conselho representa tribos da América Sul, mas sobretudo as do Brasil e não deixa dúvida sobre o seu propósito, que é, segundo o seu site, “penetrar as trevas de lugares onde não há o conhecimento de Cristo”.

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