segunda-feira, 9 de janeiro de 2012

Pastor Gondim ressalta importância do diálogo entre religiosos e ateus

O pastor Ricardo Gondim, da Assembleia de Deus Betesda, deu uma entrevista ao Canal Futura na qual falou de liberdade, tolerância religiosa e da importância de se manter um diálogo com pessoas que “não acreditam em divindades”.
Gondim falou sobre como as religiões cerceiam a liberdade das pessoas e afirmou que “por mais perigosa que a liberdade seja ela é melhor do que colocar cabresto nas pessoas”. Ele completou dizendo que a lei áurea de todas as religiões é “trate o outro como você gostaria de ser tratado e ame o outro como gostaria de ser amado”.
O pastor comparou a igreja a Hitler, ao falar das formas que a igreja impede a liberdade dos indivíduos criando e ditando normas para a forma de viver.
Perguntado sobre qual o espaço dos ateus na sociedade ele afirmou que os questionamentos dos ateus tiram-no de uma área de conforto, ajudando-o a caminhar em direção a Deus. “Eles [os ateus] tiram o religioso do dogmatismo”, disse. “O diálogo com ateus e agnósticos é muito fértil.”
Gondim afirmou que, excluídos aqueles que defendem a extinção das religiões, ele gosta de dialogar com os ateus, porque eles lhe ajudam na formulação de conceitos e definições sobre Deus. E que a verdade não pode ser contida por uma tradição religiosa e que as religiões não podem se propor a serem donas da verdade, mas sim cuidadoras de uma verdade universal.
Ao responder uma pergunta questionando se existem vários deuses, Gondim respondeu que acredita que existem várias formas de ver o mesmo deus e que através do diálogo entre os diversos erros e acertos presentes em todas as religiões é que podemos nos aproximar um pouco da realidade de Deus.
Ao explicar os conceitos de ateísmo o pastor afirmou que quando um ateu busca o conhecimento ele está ligado diretamente a Deus, mesmo que negue Sua existência.
Gondim é frequentemente criticado por outras lideranças religiosas por causas de suas afirmações e de sua visão teológica, conhecida como teologia aberta.
Veja na íntegra a entrevista:

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