Timothy Kurek é um cristão tradicional que resolveu se assumir como
homossexual para entender como vivem os gays. Criado em uma família
cristã conservadora, em 2009 Kurek “saiu do armário”, e assumiu sua
opção sexual fictícia a todas as pessoas de seu convívio.
Sua experiência de um ano vivendo como homossexual, sofrendo todo
tipo de preconceito e tendo que conviver com a intolerância e a rejeição
de muitos. Essa experiência rendeu um livro, intitulado “Jesus in
Drag”, onde ele irá contar como foi esse ano de sua vida. A obra será
lançada em breve nos EUA.
“Eu saí do armário para todos! Meus parentes, meus amigos, todo
mundo. Quando tudo isso começou eu não estava pensando em um livro. Eu
simplesmente precisava entender, da forma mais realista, como ser gay
poderia afetar a minha vida. A experiência social exigia tudo ou nada.
Só pouquíssimas pessoas sabiam o que eu estava fazendo”, relata o agora
escritor, Timothy Kurek, que ressalta que poucas pessoas sabiam que ele
não era realmente gay, porque queria viver de verdade essa experiência.
Timothy afirma que a experiência o ajudou a vencer a homofobia e a se
tornar mais tolerante, como ele desejava. E entre seus relatos, ele
lembra de sua primeira vez em uma balada gay, e de suas reações nessa
situação.
“Em toda a minha vida eu nunca estive cercado de tantos gays. Nunca
me senti tão desconfortável. Em poucos minutos um cara me assediou na
pista de dança. Ele não vestia camisa e tinha o corpo coberto de óleo
para criança e glitter. Eu não sabia se dava um soco nele ou se ia fumar
um cigarro após o fim da música. Ele na verdade era um cara legal, mas
tudo o que eu tinha aprendido na escola cristão me dizia que se tratava
de um predador sexual e um depravado. Estava irracionalmente com medo.
Eu não estava na mesma sintonia que o lugar na primeira noite. Eu só me
lembro do medo”, conta.
O americano mora em Seattle e, em entrevista ao Huffington Post,
relatou ter sido aceito pela maior parte das pessoas com quem convive,
porém ele conta que na família, o clima foi diferente. Segundo Kurek,
ele ouvia repetidamente de seus parentes o chavão “ame o pecador, odeie o
pecado”.
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