Uma série de revoltas e manifestações foram deflagradas em diversos
países do Oriente Médio por causa de um filme ofensivo ao Islã, cujo
trailer foi divulgado no You Tube e redes sociais.
O filme “A Inocência dos Muçulmanos”, produzido nos Estados Unidos
retrata o profeta Maomé como mulherengo, homossexual e brutal. Os
violentos protestos foram incentivados por organizações radicais como
Al-Qaeda e Hezbollah e milhares de muçulmanos foram às ruas e atacaram
contra prédios públicos norte-americanos.
Na Líbia, o consulado norte-americano foi invadido e incendiado
resultando na morte do embaixador Christopher Stevens e mais três
cidadãos americanos. A onda de revoltas se espalhou no Egito, Iraque,
Irã, Iêmen, Egito, Síria, Marrocos, Argélia, Tunísia, Sudão e Líbano,
além de países muçulmanos na Ásia, como Indonésia.
O presidente dos EUA Barack Obama, prometeu que a “justiça seria
feita” e que iria buscar os responsáveis pelo ataque à embaixada. Ele
enviou um grupo de marines especializados em combate a terrorismo e mais
dois destróieres para a costa da Líbia por causa do incidente.
No Iêmen, na quinta-feira (13) centenas de manifestantes invadiram o
terreno da embaixada e houve confronto com as forças de segurança.
Segundo a Reuters, pelos menos 15 pessoas ficaram feridas, algumas a
tiros.
Da mesma forma no Egito a multidão atacou com pedras forças policiais
que cercavam a embaixada dos EUA no centro do Cairo. Pessoas escalaram
os muros do local e a bandeira norte-americana foi queimada.
A autoridades americanas suspeitam que possa ter havido um
planejamento antecipado e coordenado dos ataques. As manifestações
coincidiram com o 11º aniversário dos atentados de 11 de setembro de
2001 em Nova York.
O filme acusado de ser o estopim das revoltas é uma produção amadora
identificada como realizadas por cristãos coptas que vivem nos EUA. Para
os muçulmanos a representação do profeta é considerada uma blasfêmia.
A Procuradoria Geral do Egito associa ao vídeo o pastor radical
norte-americano Terry Jones e 9 cristãos coptas que vivem nos EUA. Eles
já foram colocados em uma lista internacional de procurados.
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