Uma decisão polêmica de uma universidade cristã no Reino Unido, a
respeito da liberdade de expressão de mulheres, ganhou as manchetes da
mídia em todo o mundo.
A Universidade União Cristã de Bristol enviou comunicado aos membros
da instituição banindo o direito de mulheres discursarem nas reuniões e
cultos, exceto quando acompanhadas de seus maridos.
A decisão, segundo o Telegraph, se deu por questionamentos de evangélicos tradicionais, que argumentaram usando exemplos bíblicos para solicitar a proibição.
O presidente da universidade, Matt Oliver, afirmou que entende não
haver problemas para que mulheres possam discursar ou palestrar, desde
que estejam acompanhadas de seus maridos, para evitar que haja
questionamentos por parte dos setores mais tradicionais da entidade.
Segundo Oliver, “a Universidade não tem uma posição formal a respeito
da condição de mulheres pregarem ou palestrarem nas igrejas”, e que por
isso, apenas inseriu um novo procedimento: “Nós respeitamos nossos
membros que possuem fortes convicções bíblicas nesta área e procuramos
encontrar a maneira mais prática de expressar essa inclusão”, afirmou.
A decisão foi criticada pela Sociedade Feminista da universidade, e interpretada como “extremamente discriminatória e machista”.
-Eles estão sugerindo que as mulheres têm mais valor como oradoras se
estiverem acompanhadas de seus maridos, assumindo que todas as mulheres
estão interessadas em ter um marido. Nós esperamos que as mulheres
tenham igualdade de oportunidades para falar em todas as ocasiões, seja
sozinha ou não. Grupos religiosos não devem ser imunes a pergunta sou
críticas com relação à igualdade de gênero”, enfatizou o comunicado da
Sociedade Feminista.
O presidente da universidade afirmou que “em particular, estamos
certos que nossa Política de Igualdade está devidamente respeitada em
todos os casos”, de acordo com informações do Huffington Post.
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