CAPÍTULO 1
JESUS E SUA MARAVILHOSA PRESENÇA
A presença de Deus é perceptível aos nossos sentidos. Geralmente, sentimos uma alegria, uma paz, uma felicidade diferente, especial. A presença de Deus traz paz, segurança, alegria, esperança, e nos faz descansar, aquietando nosso coração (Êxodo 33.14). Isso acontece especialmente quando oramos, louvamos e adoramos o Senhor, atraindo Sua presença e tornando-nos mais sensíveis a ela.
Mas, neste livro, vamos falar especificamente da presença de Jesus, sobre como ela se manifestou na vida daqueles que o conheceram e conviveram com Ele enquanto viveu na terra, bem como o que implicou a presença dele na vida dessas pessoas, e sobre como ela se manifesta, agora, na vida dos cristãos por intermédio do Espírito Santo, depois que Jesus retornou ao Pai.
Cabe lembrar que Jesus foi a manifestação máxima da shekinah de Deus, pois Ele é o Emanuel, o Deus conosco (Isaías 7.14). O Verbo divino se fez carne e habitou entre nós, permitindo-nos ver a Sua glória, cheio de graça e de verdade (João 1.14), servindo de modelo para a nossa nova humanidade.
Jesus manifestou o caráter gracioso e justo do Pai (João 1.18). Por meio de Seu Unigênito, o Deus eterno habitou entre nós e operou milagres, prodígios e maravilhas, ensinando, salvando, curando, libertando vidas, conforme prometera fazer. Sendo assim, é preciso saber quem é Jesus antes de falar sobre Ele.
Você sabe quem é Jesus? O que o nome e os codinomes atribuídos a Ele significam?
Quem é Jesus?
Cada religião define Jesus deforma diferente. Judeus, muçulmanos e cristãos têm idéias bem divergentes sobre a pessoa de Jesus. Porém, o que importa é saber o que a Bíblia, a Palavra de Deus, diz sobre Ele.
Na Bíblia, há dezenas de designações para Jesus. Elas assinalam características de Sua pessoa e da obra que Ele veio realizar.
Em Isaías 9.6, por exemplo, vemos quatro delas: Maravilhoso Conselheiro, Deus Forte, Pai da Eternidade e Príncipe da Paz. Esses títulos apontam para a natureza divina do Messias e para Suas atribuições como sábio Conselheiro e Promotor da Paz, uma vez que o Espírito do Senhor estaria sobre Ele, o Espírito de sabedoria e de inteligência, e o Espírito de conselho e de fortaleza, e o Espírito de conhecimento e de temor do Senhor (Isaías 11.2).
Em Apocalipse 1.8, Jesus é chamado de o Alfa e o Ômega, o Princípio e o Fim. Em outras palavras, o Jesus ressurreto e entronizado em glória é identificado como o Deus eterno; o Senhor que é, que era e que há de vir, o Todo-poderoso.
O próprio nome Jesus é emblemático. É um termo que deriva do verbo hebraico salvar, conjugado no presente. Significa Yehowah é salvador ou salvação. Esse nome assinala o caráter principal da missão do Filho de Deus: salvar a humanidade (Mateus 18.11).
Foi por isso que, quando o anjo Gabriel foi enviado a Maria, para anunciar que ela havia sido escolhida como a mãe do Messias, ele revelou a ela também o nome que deveria dar à criança: Jesus (Lucas 1.26-31) — um nome que nada tinha a ver com os nomes dos homens da casa de Davi, mas que traduzia muito bem aquilo que a humanidade devia esperar do Ungido de Deus: a salvação de Seu povo.
Esse nome soaria estranho para as pessoas da época, que pensariam na razão de ter sido dado ao filho de José. Isso porque, no mundo antigo, não havia sobrenomes de família como conhecemos hoje. Era comum dar aos filhos o mesmo nome dos avós ou ancestrais ilustres, acrescentando a informação filho de fulano ou filho de beltrano. É por isso que vemos na Bíblia os nomes acompanhados da filiação: Josué, filho de Num; Simão, bar Jonas (filho de Jonas); Tiago, filho de Zebedeu. Assim, quando alguém fazia menção a Jesus como filho de Davi estava assinalando o caráter real e messiânico de Sua Pessoa.
Além do significado do nome e dos "títulos" que vimos até aqui, Jesus se referiu a si mesmo como a Videira verdadeira (João 15.1), o bom Pastor (João 10.11), a Luz do mundo (João 8.12) e o Pão da Vida (João 6.35). Esses codinomes apontam para Ele como a Fonte e o Mantenedor da vida; Aquele que alimenta a alma e traz luz e vida eterna. E isso que a maravilhosa presença de Jesus assegura!
A manifestação da presença de Jesus
A presença de Jesus é tão maravilhosa que ela está associada à manifestação do Espírito Santo, à salvação, à alegria e a milagres desde Sua concepção.
É isso que vemos em Lucas 1.39-55, no episódio em que Maria, mãe de Jesus, já grávida vai visitar sua prima Isabel, no sexto mês de gestação desta. Quando a criança no ventre de Isabel, João Batista, ouve a voz de Maria e sente a presença do Messias, salta no ventre materno, Isabel é cheia do Espírito Santo e bendiz o nome do Senhor. Maria, também movida pelo Espírito Santo, entoa um louvor a Deus, seu Salvador, dizendo: A minha alma engrandece ao Senhor, e o meu espírito se alegra em Deus, meu Salvador... (Lucas 1.46,47).
Elas sabiam que era um novo começo para Israel e para a humanidade como um todo. Deus cumprira Sua promessa de enviar o Messias, para redimir Seu povo:
A o pregoar o ano aceitável do Senhor e o dia da vingança do nosso Deus; a consolar todos os tristes; a ordenar acerca dos tristes de Sião que se lhes dê ornamento por cinza, óleo de gozo por tristeza, veste de louvor por espírito angustiado, afim de que se chamem árvores de justiça, plantação do Senhor, para que ele seja glorificado.
Isaías 61.2,3
Nos capítulos seguintes, vamos ver o que a presença de Jesus nos assegura.
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