terça-feira, 20 de dezembro de 2011

Para artistas, “Deus tocou no coração da Globo” para realizar o Festival Promessas; Para pastores, verdadeiro evangelho não foi pregado

Os artistas que participaram do Festival Promessas exaltaram a experiência e acreditam que esse primeiro evento pode ser apenas o início de grandes parcerias com a TV Globo, organizadora da festa.
Segundo reportagem do jornalista Marco Aurélio Canônico, do jornal Folha de S. Paulo, a pastora Ludmila Ferber era uma das mais confiantes, antes de sua apresentação: “É a concretização de um clamor de muitos anos. Vai marcar a história. É maravilhoso que a Globo tenha abraçado a causa e entendido quão poderosa é a mensagem de Deus”.
Damares, outra artista que se apresentou no festival que foi transmitido no último Domingo, 18/12, foi mais além: “A Globo fez isso agora porque Deus tocou o coração deles. Era o momento certo, Deus não chega atrasado”.
Com todos falando sobre a importância da abertura da Globo para os evangélicos, Fernandinho falou sobre o lado comercial do investimento feito, e ressaltou que isso não muda a conquista: “Eu sei que, a princípio, todo mundo pensa em grana, em ‘business’. É claro que isso existe, nós somos de carne e osso, mas acima disso tudo está o propósito de Deus para esta nação”.
Em contrapartida à opinião dos artistas, pastores e críticos entendem que a mensagem do evangelho não foi pregada no evento. “Abriu-se, de fato, uma porta global para a pregação do Evangelho, como muitos ufanistas têm dito nas redes sociais? Ou a porta foi aberta principalmente para beneficiar as celebridades gospel — que já venderam milhões de discos — e, consequentemente, a maior emissora de TV do Brasil? Será que esta convidaria um pregador do Evangelho para discorrer sobre o maravilhoso Natal de Cristo, sua Morte expiatória e sua gloriosa Ressurreição? Isso, sim, caso tivesse ocorrido, seria motivo de uma grande festa do povo de Deus!” criticou o pastor Ciro Sanches Zibordi em artigo publicado em seu blog.
Para o pastor Renato Vargens, trata-se de negócios. “É ingenuidade da nossa parte achar que a Vênus Platinada, resolveu alegremente privilegiar a música evangélica brasileira, não é verdade? É claro que os interesses globais estão bem além dos ritmos e melodias entoadas pelos cantores evangélicos tupiniquins”, escreveu Vargens em artigo publicado em seu blog.

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