Pastor é preso por usar igreja em lavagem de dinheiro

Uma quadrilha que aplicava golpes financeiros usando a Igreja Pentecostal do Evangelho Pleno, sediada em Lagoa Santa, Belo Horizonte, foi desmanchada pela Polícia Federal.
O esquema chamado de “pirâmide” atraía pessoas e utilizava o Grupo Filadélfia como intermediário de empréstimos bancários. Seis pessoas foram presas, incluindo dois diretores da empresa, sargentos da reserva da Aeronáutica, e o diretor operacional e comercial.
Segundo denúncia do Jornal Estado de Minas, o presidente da empresa, o pastor Carlos Henrique Vieira, pré-candidato à Prefeitura da cidade de Lagoa Santa, teve a prisão temporária decretada. Os policiais realizaram uma busca e apreensão na residência do Pastor, fizeram o sequestro de 20 imóveis e apreenderam 40 veículos da quadrilha.
O esquema que realizava a publicação de contratos de empréstimo gerou mais de R$ 10 milhões de prejuízo para investidores em 23 estados. Com rápido crescimento, foi necessário atrair mais pessoas, o que inviabilizou a sustentação do esquema.
A igreja e outras empresas ligadas ao Grupo Filadélfia, incluindo uma construtora e uma revendedora de automóveis, também eram usadas para lavar dinheiro e sonegar impostos. Esse esquema, que era restrito aos militares e fiéis, proporcionava uma vida luxuosa ao pastor que possui patrimônio estimado em R$ 30 milhões.