terça-feira, 27 de março de 2012

Ex-presidente dos Estados Unidos lança Bíblia própria e afirma apoiar o casamento gay

O ex-presidente norte-americano e pastor batista Jimmy Carter está lançando uma Bíblia com suas anotações, orações e comentários, e durante a turnê de divulgação ele afirmou que apoia o casamento civil entre homossexuais.
Jimmy Carter afirmou em entrevista a Paul Brandeis Raushenbush, editor de religião do jornal The Huffington Post que Jesus nunca falou nada sobre o homossexualismo: “A homossexualidade era muito conhecida no mundo antigo, muito antes do nascimento de Cristo e Jesus nunca disse uma palavra sobre homossexualidade. Em todos os ensinos dele sobre múltiplas coisas — ele nunca disse que os gays deveriam ser condenados. Eu pessoalmente penso que é perfeitamente correto gays se casarem em cerimônias civis”.
Carter porém, fez um adendo, dizendo que não é correto impor isso às igrejas: “Se uma igreja decide não fazer o casamento, então as leis do governo não deveriam obrigá-la”, afirmou.
O ex-presidente afirmou ainda que sua congregação aceita “membros gays em igualdade”. Carter disse também que tem a mensagem bíblica como princípio, e que embora escrita por homens, são ensinamentos divinos: “Os princípios básicos da Bíblia foram ensinados por Deus, mas foram escritos por seres humanos que não tinham o moderno conhecimento. Portanto, há algumas falhas nos escritos da Bíblia. Mas os princípios básicos são aplicáveis à minha vida e não vejo conflito entre eles”, pontuou.
Para Jimmy Carter, a interpretação da Bíblia é difícil: “Há muitos versículos da Bíblia que as pessoas podem interpretar de modo muito rígido”, alertou, ressaltando que “tal interpretação transforma essa gente em fundamentalistas no final das contas”.
De acordo com o blogueiro e ativista Julio Severo, o ex-presidente norte-americano escreveu no livro “Our Endagered Values” (em tradução do inglês, Nossos Valores em Perigo) lançado em 2005, que os fundamentalistas são levados a “se comportarem como demagogos em questões emocionais” pois “muitas vezes se iram e às vezes recorrem a abuso verbal e até físico contra aqueles que interferem na implementação da agenda deles”.

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