terça-feira, 27 de março de 2012

Caso Lucas Terra: pai do garoto assassinato por ex-pastor da Igreja Universal acampa em fórum para pressionar a Justiça

Na última semana o pai de Lucas Terra, adolescente abusado sexualmente e queimado vivo aos 14 anos, acampou na porta do Fórum Ruy Barbosa, em Salvador, em protesto para cobrar agilidade da justiça no caso de seu filho. Lucas foi assassinado em março de 2001, e o crime é atribuído ao ex-pastor da Igreja Universal, Silvio Roberto Galiza.
Já condenado a 18 anos de prisão, que têm sido cumpridos em regime semiaberto, Galiza acusou à Justiça um ex-bispo e um ex-pastor de participação no assassinato, mas os dois ainda não foram julgados. O pai da vítima protesta pedindo que a Justiça se manifeste sobre o caso antes que o crime prescreva. “Eu não vou sair daqui enquanto eles não forem pronunciados. A última oitiva foi em novembro. Tem que haver uma decisão. Eu nunca fui contra a Justiça baiana, mas eles estão sendo beneficiados. Onze anos que assassinaram meu filho e a Justiça até hoje não resolve. O crime está caminhando para prescrever”, desabafa Carlos Terra.
De acordo com o G1, a promotoria do caso chegou a afirmar a propensão dos suspeitos irem a júri popular, no último julgamento, ocorrido no dia 25 de novembro de 2011. O promotor David Gallo deu uma declaração na época afirmando: “Não tenho a mínima dúvida que os dois serão submetidos a julgamento popular muito em breve se Deus quiser”.
O Tribunal de Justiça da Bahia divulgou uma nota oficial sobre o caso afirmando que se sensibiliza com a dor do pai da vítima e que todos os trâmites do caso estão ocorrendo dentro da normalidade.
“Vale ressaltar que a justiça é composta por um sistema que inclui o Ministério Público, a advocacia privada e a Defensoria Pública e que acredita que todos os profissionais envolvidos no julgamento, desse caso, estão trabalhando com empenho para que a justiça seja efetivada”, informou a nota.

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