Em carta enviada a uma rede de televisão, o goleiro Bruno comentou
sobre o desaparecimento de Eliza Samudio. Negando ter qualquer
participação no crime, Bruno disse que “pelo sangue de Cristo Jesus”
afirma nunca ter desejado o desaparecimento de sua ex-amante.
- Te confesso, pelo sangue de Cristo Jesus, que nunca desejei,
ordenei ou determinei, a quem quer que seja, o desaparecimento de Eliza
Samudio – diz um trecho da mensagem que Bruno enviou à TV Alterosa.
A carta, repleta de referências a Deus, foi entregue na manhã desta
quinta-feira, pelo advogado do goleiro, Rui Pimenta. Segundo o advogado,
o goleiro tem frequentado encontros evangélicos na penitenciária de
Contagem, onde está preso. Na cara Bruno fala também sobre o filho com
Eliza, hoje sob a guarda da avó.
- O Bruninho tem sim um pai. Aliás, sempre teve. E vou honrar esse compromisso – ressalta.
- Sei que estou pagando já dois anos de prisão por um possível crime
que não cometi nem ordenei. Deus é minha testemunha e saberá cobrar quem
merece – afirma em outro trecho.
Ao fim da carta, Bruno faz referência aos seus desentendimentos com
seu ex-secretário, Luiz Henrique Romão, o Macarrão que também é suspeito
pelo crime. De acordo com os advogados de Bruno e Macarrão, os dois
romperam a amizade no início desse ano, em decorrência dos
desentendimentos sobre o suposto crime.
- Talvez o único erro da minha vida foi ter confiado em algumas pessoas – afirma o goleiro, no fim de sua carta.
Na última semana a revista Veja publicou uma carta supostamente
escrita por Bruno, para Macarrão, na qual ele pede perdão ao amigo e
cita um possível “plano B” que, segundo a revista, se referia à ideia de
que Macarrão assumisse a culpa pelo desaparecimento de Eliza Samudio.
Segundo o iG, Bruno foi punido pela penitenciária pelo envio da
carta, que deveria ter passado por avaliação de um departamento
específico “para registro e conferência de teor”. Secretaria de Estado
de Defesa Social (Seds) informou que, como punição, o goleiro foi
proibido de trabalhar na faxina da unidade prisional e ficará recolhido
em sua cela, com exceção das duas horas de banho de sol a que tem
direito todos os dias. Na próxima segunda-feira, ele será ouvido pela
Comissão Disciplinar da unidade, que determinará por quanto tempo a
punição será cumprida
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