sábado, 28 de julho de 2012

Pastor evangélico que acompanhava a seleção brasileira de futebol fica de fora das Olimpíadas

O pastor evangélico Anselmo Alves, que acompanhava a seleção brasileira de futebol masculino na concentração durante as competições, ficou de fora da viagem da equipe às Olimpíadas de Londres. Alves é conhecido no ambiente da seleção brasileira de futebol há pelo menos dez anos, e ficou marcado principalmente durante a chamada era Dunga.
De acordo com o religioso, que conhecido no período em que Dunga era o treinador da equipe nacional, sua entrada no hotel do Brasil não é mais liberada. Desde 2002, essa é a primeira vez que Alves fica ausente de um torneio no qual a seleção está participando.
- Não tenho mais a permissão de fazer trabalhos aí (na seleção) e nenhum atleta me convidou. Então vou ficar por aqui mesmo – afirmou o pastor, ao UOL Esportes.
- Não é só um suporte espiritual, mas sim emocional, psicológico, de problemas familiares – comentou Anselmo, sobre o apoio que oferece aos jogadores.
Porém, a CBF garante que não proíbe a entrada de ninguém na concentração da seleção brasileira no Reino Unido, a exemplo dos familiares do volante Sandro que na última terça feira estiveram no hotel em St. Albans.
Ao assumir o comando da seleção, o técnico Mano Menezes informou os atletas que reuniões religiosas não tinham sua aprovação para acontecer na concentração do time. Apesar disso o pastor Alves esteve na Argentina na Copa América de 2011, a convite do zagueiro Lúcio. Porém o encontro do jogador com o religioso aconteceu, a pedido de Mano, no restaurante do hotel.
Lúcio era o último remanescente da turma próxima ao evangélico e o conhecia desde o Mundial de 2002, na conquista do penta. O atleta, de 34 anos, era quem bancava as viagens do pastor para acompanhar a seleção, e outros atletas passaram a ajudá-lo.
As reuniões religiosas na concentração da seleção se tornaram polêmica durante o tempo que o time foi comandado por Dunga. Nesse período pastores tinham livre acesso aos bastidores, e mesmo jogadores que não eram evangélicos participavam das reuniões.

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