O pastor evangélico Anselmo Alves, que acompanhava a seleção
brasileira de futebol masculino na concentração durante as competições,
ficou de fora da viagem da equipe às Olimpíadas de Londres. Alves é
conhecido no ambiente da seleção brasileira de futebol há pelo menos dez
anos, e ficou marcado principalmente durante a chamada era Dunga.
De acordo com o religioso, que conhecido no período em que Dunga era o
treinador da equipe nacional, sua entrada no hotel do Brasil não é mais
liberada. Desde 2002, essa é a primeira vez que Alves fica ausente de
um torneio no qual a seleção está participando.
- Não tenho mais a permissão de fazer trabalhos aí (na seleção) e
nenhum atleta me convidou. Então vou ficar por aqui mesmo – afirmou o
pastor, ao UOL Esportes.
- Não é só um suporte espiritual, mas sim emocional, psicológico, de
problemas familiares – comentou Anselmo, sobre o apoio que oferece aos
jogadores.
Porém, a CBF garante que não proíbe a entrada de ninguém na
concentração da seleção brasileira no Reino Unido, a exemplo dos
familiares do volante Sandro que na última terça feira estiveram no
hotel em St. Albans.
Ao assumir o comando da seleção, o técnico Mano Menezes informou os
atletas que reuniões religiosas não tinham sua aprovação para acontecer
na concentração do time. Apesar disso o pastor Alves esteve na Argentina na Copa América de 2011, a convite do zagueiro Lúcio. Porém o encontro do jogador com o religioso aconteceu, a pedido de Mano, no restaurante do hotel.
Lúcio era o último remanescente da turma próxima ao evangélico e o
conhecia desde o Mundial de 2002, na conquista do penta. O atleta, de 34
anos, era quem bancava as viagens do pastor para acompanhar a seleção, e
outros atletas passaram a ajudá-lo.
As reuniões religiosas na concentração da seleção se tornaram
polêmica durante o tempo que o time foi comandado por Dunga. Nesse
período pastores tinham livre acesso aos bastidores, e mesmo jogadores
que não eram evangélicos participavam das reuniões.
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