domingo, 1 de julho de 2012

Vítima de abuso sexual, evangélico incentiva a discussão do tema nas igrejas

Uma pesquisa divulgada pelo Ministério da Saúde em maio revelou o grande número de casos de abuso sexual sofrido por crianças no Brasil. De acordo com os dados do Ministério, o abuso sexual é o segundo tipo de violência mais praticada contra crianças de até nove anos no Brasil, ficando atrás apenas de negligência e abandono.
Diante da crescente discussão sobre o tema no país, inclusive no âmbito religioso, tem crescido o número de debates sobre o assunto em discussões que visam proteger as crianças dessa violência e também tratar aquelas que passaram por esse trauma.
O evangélico Eduardo Rocha, presidente da Associação de Amigos da Missão Infantil, ressaltou em entrevista ao The Christian Post a importância do assunto ser discutido dentro das igrejas e do papel das lideranças religiosas no suporte às vítimas desse tipo de abuso.
- Devemos falar sobre estes assuntos com franqueza e autoridade, compreendendo que para Deus e em sua Palavra existe esta importância para o tema – afirmou Rocha.
Eduardo, que já sofreu abuso sexual quando criança, falou sobre o papel da igreja quanto ao tema bem como ofereceu conselhos aos que já sofreram de abuso sexual. Ele afirma que alguns dos meios para evitar que a criança sofra abuso sexual são tomando ações preventivas e também fazendo oração.
O líder cristão conta que sofreu abuso sexual aos 5 anos de idade e, aos 11 foi abandonado pelo pai. Entre os diversos problemas que enfrentou ao longo de sua vida ele menciona ter passado pelo homossexualismo, mas ressalta ter conhecido o poder do perdão depois de se converter ao Evangelho.
- Perdoar a pessoa que o agrediu (o que NÃO significa deixar a pessoa impune para que ela seja disciplinada pelo que fez) também é parte fundamental na superação deste trauma – ressaltou o líder cristão.
Eduardo Rocha aconselha que as pessoas que sofreram de abuso sexual falem com alguém de confiança, que tenha “maturidade e propriedade para ouvir e tratar do assunto”, e também que pratiquem o perdão de quem as agrediu como parte fundamental na superação do trauma. Ele, porém enfatiza a necessidade de que o culpado receba o devido tratamento de punição e disciplina

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