O novo livro do reverendo presbiteriano Augustus Nicodemus Lopes traz
críticas à teologia da prosperidade e observações a respeito de um
esfriamento das igrejas evangélicas no Brasil.
“O Culto Segundo Deus – A Mensagem de Malaquias para a Igreja de
Hoje” foi publicado pela editora Vida Nova, aborda os princípios da
adoração a Deus e expõe problemas abordados por Malaquias no Velho
Testamento, e que estão presentes na igreja brasileira contemporânea.
Nicodemus avalia que as profecias de Malaquias registram um contexto
semelhante ao da igreja evangélica brasileira atual, em que a adoração a
Deus parece não surtir efeitos na vida dos fiéis: “Ao longo da
história, nem sempre ficou claro para os cristãos o privilégio que têm
de adorar a Deus, ser-lhe leal e fazer sua vontade. Qual é o proveito de
servir a Deus, cultuá-lo e dedicar tempo para honrá-lo?”, questiona o
autor.
Numa analogia feita entre judeus do Velho Testamento e os atuais
cristãos brasileiros, Nicodemus afirma que ambos os povos tem nos bens
materiais a medida de avaliação do amor divino: “Na época de Malaquias, o
povo de Deus passava por uma grande crise econômica e financeira […] O
povo então começou a questionar a Deus se de fato Deus amava os judeus,
como Malaquias dizia. Este questionamento decorria do fato que eles
estavam medindo o amor de Deus pela prosperidade financeira, como as
igrejas neopentecostais da teologia da prosperidade ensinam hoje o povo a
fazer”, pontua o reverendo.
De acordo com informações do Christian Post,
Augustus Nicodemus afirma que “o maior problema das pessoas não é
financeiro, mas espiritual e isto fica em segundo plano na teologia
neopentecostal”.
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