domingo, 26 de dezembro de 2010

kenneth E. hagin capitulo 3 leia muito bom!!





O Sofrimento no Ministério
Faz anos que estou pregando que Deus quer que todos os
Seus filhos — não apenas alguns de nós, mas todos nós —
tenhamos saúde e fiquemos curados. Deus quer que vivamos o
período integral da nossa vida, aqui embaixo, sem enfermidade e
sem doenças. E o plano melhor que Ele tem para nós. Nem todas
as pessoas ficam altura desse plano, mas ele não deixa de existir. A
gente é criticado por pregar essa verdade.
Durante anos, eu pregava a cura divina nas igrejas do
Evangelho Pleno, e o pastor que me convidara a pregar me
criticava. Os pastores me diziam: “A cura não é tão importante
assim”. Um deles disse: “A cura era mera questão secundária com
Cristo e os apóstolos”. E era um pastor do Evangelho Pleno! Eu
continuava pregando a cura divina, todas as noites. Fiquei
martelando na mesma bigorna. As observações dele não me
perturbavam. Deixava-as passar sem fazer efeito nenhum em mim.
Essas coisas, caros amigos, que edificam o caráter. Já vieram
tempestades contra mim de todos os lados. Mas o Senhor me
lembrava: “O Espírito me guiou...”
Fui pregar numa campanha de avivamento, convidado por
certo elemento, e nem mesmo posso imaginar por que ele me
convidou. Ele sabia o que eu pregava. Eu já o ouvira levantar-se no
meio de convenções para criticar a minha pregação. E agora me
pedia que realizasse uma campanha de avivamento. Falei:
“Senhor, não quero ir”. Há sofrimentos que acompanham coisas
assim. Não pense que tudo é gozo inefável e cheio de glória.
Lembro-me de que comecei pregando algo que todos nós
podiámos aceitar. Não procurei ser polêmico. O pastor disse:
“Você prega baseando-se em textos que nunca ouvi outros
pregadores usarem”. Sou assim mesmo. Não procuro ser outra
pessoa — sou eu. Nunca na minha vida preguei a respeito do Filho
Pródigo, por exemplo. Está na Bíblia, e assim está ótimo, mas
sempre prego a respeito de outra coisa. Quase tudo quanto
costumava pregar era controverso. Não procurava polêmicas, mas
era o meu jeito de pregar. E a Palavra de Deus que prego, mas
parece que as pessoas não percebiam esse fato.
Nessa campanha, pois, comecei acompanhando as opiniões
dos óuvintes a fim de obter a sua atenção. Devemos ser sábios
como serpentes e inocentes como pombos. Consegui a atenção
deles, e então comecei a gotejar neles um pouco de fé. Só lhes
dava uma colherada ocasionalmente — as pessoas podem
engasgar mortalmente com uma dose forte demais! Depois, quando
percebia que não comandava toda a atenção deles, voltava para
alguns sermões batistas tradicionais, tais como “As Bodas do
Cordeiro” e “A Segunda Vinda de Jesus”. Voltavam a me
acompanhar com simpatia, e daí, gostejava neles um pouco mais
de fé.
Finalmente, avisei com duas ou três noites de antecedência
que falaria a respeito de certo assunto. Já adiara o referido sermão
por tanto tempo quanto podia, mas Deus me dissera: “Faça aquela
pregação! Faça!”
Respondi: “Senhor, por que me mandaste para este lugar,
logo de início?” Eu não sabia que uma pessoa poderia sentir-se mal
de tantas rn eiras e ainda estar na vontade de Deus. Mas são essas
coisas que aperfeiçoam as pessoas. Colocam perseverança dentro
de nós. É esse o significado de ser guiado pelo Eipírito para o
deserto afim de ser tentado pelo diabo; levado pelo Espírito Santo
para uma provação.
Lembro-me de algo que aconteceu quando estava
pastoreando minha última igreja. Estava planejando minha ida para
uma conferência bíblica de outubro. Tinha pregado na noite de
domingo, e minha esposa e eu tínhamos planejado viajar para a
conferência na terça-feira de manhã.
Na segunda-feira, passei rapidamente no meu escritóno da
igreja, e no momento em que fui entrando, o Espírito de Deus me
disse: “Jejue durante os próximos dias. Lá na convenção, vão pedir
que você ore pelos enfermos”.
Entrei na igreja, e disse: “Ora, Senhor, se assim fizerem, será
mais do que já fizeram no passado. Até agora, nunca sequer
pediram que eu orasse. Há centenas de pregadores ali”.
Minha esposa e eu chegamos na conferência na terça-feira, e
ficamos sentados bem atrás, porque o edifício estava cheio. Dentro
de pouco tempo, veio a hora de o preletor principal começar a falar,
e o homem que o apresentava disse: “Vi o Irmão Hagin entrar há
pouco tempo. O Senhor tem falado comigo nestes dias, para eu
convidá-lo a ministrar aos enfermos nessa noite; a realizar uma
reunião de cura divina”. Acrescentou que outro pastor seria o
preletor principal da noite e me perguntou se eu gostaria de realizar
o culto de cura divina antes ou depois do sermão. As Escrituras
mandam dar preferência ao irmão, de modo que eu disse que
falaria depois — e foi um engano!
Mas que sofrimento! O conferencista estava desgostoso
porque pensava que eu poderia estragar o sermão dele. Não
gostava da idéia de eu realizar um culto de cura divina. Realmente,
escolheu um texto de cura — a mulher com o fluxo de sangue. E
por algum tempo, ele se saiu bem. Falou dos milagres que tinha
visto nos primeiros dias do movimento pentecostal.
Mas então passou a dizer “Acho que não devemos esperar coisas
assim nestes tempos. Todo movimento tem seus melhores
momentos no início; depois, entra em declínio”.
Começou despertando a fé das pessoas, mas acabou
levandoas às trevas e às dúvidas, e foi então que entregou a
reunião a mim! Fiquei ali, procurando avançar pelas águas da
descrença que vinham até o pescoço. Era como nadar em alguma
coisa — e naqueles dias nem sabia nadar! Dificilmente conseguia
manter a cabeça fora da água. A atmosfera estava carregada de
incredulidade. Ninguém estava esperando que Deus fizesse aquilo
que era para ser feito. Todos os ministros na plataforma estavam
respirando aquele fôlego quente de incredulidade contra meu
pescoço. Imagine que dureza! Dou graças a Deus que não preciso
agüentar mais ocasiões assim! Não passaria por outra experiência
daquelas nem por US$10 milhões. Nem aceitaria US$20 milhões
em troca de tal coisa!
São coisas assim que me deram perseverança; que me
aperfeiçoaram. Foi um tipo de sofrimento. E isso que é ser guiado
pelo Espírito para o deserto para ser tentado pelo diabo.
Algumas das provações maiores que já passei resultaram de
pastorear as igrejas que eu pastoreava. Algumas das provas
maiores que um pastor enfrenta provêm de cumprir a chamada de
Deus na sua vida. O diabo levantará todos os obstáculos quanto
puder. Se você não possui a perseverança e o caráter de agüentar
perseguições e provações, você não terá sucesso. Você cairá à
beira do caminho.
Lembro-me de certa ocasião em que realizei uma série de
conferências de reavivamento para um pastor, amigo meu. Ele e
seu irmão, também pastor, vieram originalmente de certa igreja no
Texas Oriental. Eu combinara ir para lá e realizar uma série de
conferências na semana seguinte. Aquela igreja estava procurando
um pastor, e seguia a regra congregacional; votaria para escolher o
novo pastor. Informei a junta dos diáconos que iria para lá e que
pregaria na igreja.
Na igreja do meu amigo pastor, realizava os cultos de
reavivamento às noites, e todas as tardes ele e o irmão passavam
na igreja e orávamos juntos. Sempre me perguntavam se eu tinha
orado a respeito daquela igreja no Texas Oriental. Respondia:
“Não! Nem sequer pensei a respeito e muito menos orei. Enfrento
um dia por vez”. As Escrituras dizem: “Basta ao dia o seu próprio
mal”. E “Não vos inquieteis com o dia de amanhã”.
Eu disse: “Não me fará mal algum passar por lá e pregar. Não
sei se é da vontade de Deus que eu fique com aquela igreja, e
neste momento nem sequer me interesso por saber se é da Sua
vontade. Estou interessado pelo avivamento que estamos tendo
agora mesmo”. Não fico inquieto a respeito das coisas, conforme
fazem algumas pessoas.
Noutra tarde, estávamos orando na igreja e o pastor recebeu
uma chamada para ir visitar alguém no hospital. Seu irmão foi junto.
Fiquei andando para cima e para baixo, nos corredores entre os
bancos da igreja, orando a respeito da reunião da noite. Cheguei
até o fundo do auditório, parei, e encostei-me na extremidade de um
dos bancos. Muito casualmente, disse: “Senhor, acho que devo
começar a pensar a respeito daquela igreja no Texas Oriental. Não
estou preocupado a respeito — qualquer decisão Tua está perfeita
para mim”.
A voz do Senhor veio a mim, dizendo: “Você é o próximo
pastor daquela igreja, e é a última igreja que você chegará a
pastorear”. Sua voz era tão clara e audível que quase me virei para
perguntar: “Quem disse isto?”
Eu poderia ter deixado o diabo agarrar as palavras que o
Senhor me falara e pensado: Vou morrer! Ou: Serei pastor ali até
ser um velho de 103 anos, para então aposentar-me. Não sabia o
significado e não me dei o trabalho de tentar descobrir. Resolvi que
enfrentaria o significado daquilo depois de chegar naquela igreja.
Nessas alturas, os dois pregadores entraram e me
perguntaram: “Você já orou a respeito do Texas Oriental?”
Respondi: “Vocês estão vendo na frente o próximo pastor daquela
igreja”.
Disseram: “Você não conhece aquela igreja como nós a
conhecemos. Está dividida ao meio. Metade dos membros quer que
o pastor fique, e metade quer que ele saia. Ele não pode ficar sem
ganhar uma maioria de dois terços dos votos, e só tem metade dos
votos. A metade que quer que ele fique está de mal contra a
metade que quer que ele vá. Metade dos membros se senta num
lado da igreja, e metade no outro lado. Não conseguem concordar a
respeito de coisa alguma. Você não conhece aquela igreja como
nós a conhecemos”.
Respondi: “Não, não conheço aquela igreja, mas conheço
mesmo a Jesus e ao Espírito Santo. E o Senhor me disse: ‘Você é o
próximo pastor ali’”.
Na semana seguinte, levei a família inteira comigo para
aquela cidade, e fomos para a casa de um dos diáconos. Ele disse:
“Irmão e Irmã Hagin, nós ficaríamos felizes se vocês ficassem
hospedados conosco durante toda a sua temporada aqui, mas
nesse caso, alguns pensariam que eu estivesse a favor de vocês e
votariam contra. Seria melhor passar a noite seguinte noutra casa”.
Sendo assim, fomos hospedados com outros dos membros do
conselho da igreja na noite seguinte. E ele disse: “Irmão Hagin,
estou contente em tê-lo aqui conosco, mas alguns pensariam que
estamos a seu favor se ficasse mais de uma noite aqui. Poderão
votar contra você. Seria melhor ir para outra casa”.
Passamos noites diferentes em lugares diferentes, e, certa
noite, sussurrei no ouvido da minha esposa: “Sabe o que faria se a
vontade de Deus não estivesse envolvida nisso? Nós nos
levantaríamos em plena noite e partiríamos — sem avisar ninguém
que estávamos de saída”. Mas o fato de saber que Deus me guiara
até lá conservou-me firme. Fui aperfeiçoado por aquilo que sofri.
Precisamos aprender o caminho do Espírito, caros amigos. E
Ele nem sempre nos leva através de um mar de rosas ou por onde
a caminhada é fácil. Nem sempre guia até onde pode velejar
suavemente sem oposição nem perseguiçao. Mas se vocês se
mantiverem firmes, sairão vencendo.
Sabem por que estou tão firme e confiante? E porque sofri por
algum tempo. Vocês começarão a louvar a Deus pelas provas e
provações quando ficarem sabendo a respeito. Cada uma delas é
simplesmente outra oportunidade de pôr Deus à prova.
Quando eu estava pregando naquela igreja no Texas Oriental,
passávamos uma noite com cada um dos membros diferentes da
igreja. As vezes, até dormíamos no chão.
Comecei a pregar ali numa quarta-feira de noite, Imagine
quanto sofrimento durante um culto inteiro! Dou graças a Deus por
meu treinamento batista. Como batista, tinha aprendido a pregar
com o uso de um esboço e mantinha aquele esboço bem na minha
frente. Ainda bem — senão, teria esquecido tudo quanto sabia!
Fui seguindo aquele esboço — subdivisão primeira, segunda,
terceira — e cada palavra que falava voltava contra mim e me batia
no rosto. Até chegar ao último tópico do sermão, tinha a impressão
de que alguém me tinha dado uma surra no rosto. Depois de
algumas dessas conferências, minha esposa disse: “Sinto-me como
se alguém ficasse me surrando com os punhos”.
Há coisas que a gente precisa sofrer até ao fim. Lembre-se de
que Cristo foi aperfeiçoado pelas coisas que sofria. A palavra grega
traduzida “perfeito” também significa “maduro”. Cristo foi
aperfeiçoado, ou galgou a maturidade. Quer você goste, quer não,
são essas as coisas que nos amadurecem. Precisamos arénder o
caminho do spfrito. Ele o guiará a coisas assim. Jesus, cheio do
Espírito Santo, foi guiado pelo Espírito para o deserto a fim de ser
tentado ou provado pelo diabo.
Eu tinha pensado que somente teria que pregar naquela
igreja, no Texas Oriental, na noite de quarta-feira. Mas o conselho
da igreja me informou que queria que eu pregasse todas as noites,
inclusive no domingo. Os diáconos disseram: “Depois do culto de
domingo à noite, teremos uma eleição”.
Eu sabia que o Senhor dissera: “Você vai pastorear aquela
igreja”. Mas eu pensava: Gostaria de Ele não ter dito aquilo! Eu iria
embora! Fiquei tão contente por causa de ter aprendido a pregar
com um esboço de anotações! As vezes, sentia-me ungido, mas no
momento em que entrava pela porta da igreja, era como se alguém
tivesse derramado um balde de água fria sobre mim. Finalmente,
disse à minha esposa: “Vou lá para o púlpito, pregarei um pouco de
feno seco, e voltaremos para casa”. Não podia fazer mais do que
isso.
Continuamos até completar o culto de domingo de noite e o
conselho dos diáconos disse: “O que pensa a respeito?” Respondi:
“Podem ir adiante e votar”. Nunca lhes contei que Deus me enviou.
Não queria que soubessem que Deus me levou para semelhante
embaraço. Falei: “A igreja precisa resolver a respeito”.
Fizeram a eleição e ganhei todos os votos menos dois. As
pessoas disseram: “E um milagre que o conselho conseguisse
concordar a respeito de algum candidato”.
Foi assim que comecei a pastorear aquela igreja. Imagine o
que um homem pode sofrer! Sofri durante os seis primeiros meses.
Nunca falei uma palavra a respeito na frente dos nossos dois filhos.
Pensavam que tudo estava indo às mil maravilhas. Mas
praticamente todas as noites de domingo, ao ir para a cama,
sussurrava para a minha esposa: “Se eu não soubesse que a
vontade de Deus está por detrás disto, sabe o que faria? Alugaria
um caminhão de mudança, encostá-lo-ia contra a casa pastoral às
quatro da madrugada, colocaria nossos bens no caminhão, e iria
embora. Não contaria nada a viv’alma. As pessoas passariam pela
casa pastoral no dia seguinte, e a achariam vazia. Diriam: ‘Para
onde é que Hagin pode ter ido?’ Saberiam que o Arrebatamento
não ocorrera, porque os móveis teriam sumido, também”.
Na carne, teria feito assim. Mas fiquei e sofri. O Senhor me
guiara.
Pregava a mensagem da fé quando ela não gozava de
popularidade. Em certas áreas, até hoje não é benquista. Mas fiquei
firme com ela.
Pregava que Deus quer que prosperemos. Naqueles tempos,
eu tinha um só par de sapatos, e estavam furados. Tinha dez
centavos num bolso, e um furo no outro. O automóvel que dirigia
tinha quatro pneus carecas, e nenhum sobressalente. Finalmente, o
carro ficou gasto e o vendi como ferro velho, e começava a ir a pé.
Mas fiquei firme no ministério.
Nós não escolheríamos semelhante maneira de crescer na
graça. Mas Deus vê as coisas diferentemente de nós.
O que acontece com muitas pessoas quando chegam as
provações e as provas? Dizem: “Não sei o que vai acontecer
comigo. Deus sabe que fiz o melhor que podia”. Mas quando
conhecem a Palavra de Deus, olham de cara as provações e as
provas e dizem: “Glória a Deus! Aleluia! Aqui vem outra
oportunidade de viver pela fé – de provar a Deus. Aqui está outra
oportunidade para comprovar que a Bíblia é verdadeira”.
Smith Wigglesworth disse: “A grande fé provém de grandes
provações.” Lemos: A fé vem pela pregação e a pregação pela
palavra de Cristo (Rm 10.17). É claro que você pode acreditar
naquilo que a Palavra de Deus lhe prometeu. Mas a grande fé não
provém apenas por meio de alimentar-se da Palavra de Deus. A
grande fé não provém apenas de ouvir fitas-cassete. O potencial da
grande fé vem pela pregação. Mas a grande fé propriamente dita
surge quando você põe em prátiça aquilo que ouviu.
Você entende: a fé é uma força. Para edificar os músculos da
fé, precisamos usar nossa fé contra alguma coisa. Não edificamos
músculos do corpo meramente por meio de ler livros a respeito do
desenvolvimento dos músculos, não é verdade? Não! é quando
colocamos em prática aquilo que lemos, e começamos e erguer
pesos que os músculos começam a se avolumar. Algumas pessoas
já leram todos os meus livros, mais ainda náo possuem um só
músculo. Ouviram todas as minhas gravações. Mas se toda a fé
que têm fosse dinamite, não bastaria para lhes soar o nariz! É
necessário colocar a força da fé contra este teste!
E por essa razão que depois de algum tempo, quando você
tiver crescido um pouco, você começar a dar graças a Deus pelos
testes. Smith Wigglesworth também disse: Grandes vitórias provêm
de grandes bathas”. Sei que Jesus ganhou em nosso lugar a vitória
em potencial contrao diabo. Mas, caros amigos, ainda haverá
batalhas a travar. Nenhum exército já ganhou uma grande vitória
sem travar uma batalha. Nenhum lutador de boxe chegou a ser
campeão mundial de pesos pesados sem lutar com alguém, sem ter
uma grande batalha.
Quando você aprender que as grandes vitórias provêm das
grandes batalhas, poderá louvar ao Senhor no meio da provação.
Você já sabe o resultado final — você sabe que vai vencer. A fé
vitoriosa nos pertence. É nossa.
Precisamos aprender o caminho do Espírito, porque às vezes
Ele vai nos levar por caminhos que a nossa mente carnal não gosta.
Durante 12 anos de pastorado, nunca pastoreei uma igreja que
queria pastorear.
Recebi o batismo no Espírito Santo como pregador batista.
Mas então recebi o pé esquerdo da comunhão dentre os batistas e
passei para os pentecostais. Realizei uma conferência de
reavivamento em certa ocasião numa determinada igreja
pentecostal, e o Senhor começou a falar comigo a respeito de
pastoreá-la. Estava numa desordem quase tão grande quanto a
igreja que já pastoreava. E fui guiado pelo Espírito para lá.
O pastor da igreja escreveu-me uma carta, dizendo: “Irmão
Hagin, estou de saída desta igreja. O conselho da igreja pediu que
eu lhe escrevesse, pedindo que levasse em consideração a
possibilidade de você pastorear esta igreja. Você já pregou aqui
durante urr mês inteiro, de modo que, é só você considerar a
possibilidade de aceitar, e seu nome será submetido à votação”.
Escrevi de volta, dizendo: “Sim”. Não falei que Deus já tratara
comigo, mas disse que aceitaria a possibilidade.
Fui para lá a fim de pastorear, e você nem imagina a
embrulhada em que me meti! Você nem imagina todo o sofrimento
que passei. Doeu! Mas o Senhor me guiou até o deserto a fim de
ser tentado pelo diabo.
Naquela ocasião, eu tinha apenas 21 anos. A igreja já existia
ali há 23 anos e alguns membros tinham sido batizados no Esptrito
Santo desde o início. Em todos aqueles anos, nunca tinham
sustentado um pastor — todos os pastores tinham que procurar
emprego fora para o seu sustento. Fui eu o primeiro pastor que a
igreja já sustentara. Fiquei sabendo mais tarde que essa igreja tinha
sido uma igreja perturbada e aflita — ninguém a queria. Mas o
Espírito de Deus me levara a aceitá-la.
Vou ser honesto com você — pastorear aquela primeira igreja
nos círculos pentecostais contribuiu mais para meu ministério hoje
do que qualquer outra coisa. Fui aperfeiçoado pelas coisas que
sofri.
Quando eu procurava persuadir um evangelista para vir fazer
uma campanha de reavivamento, ninguém queria. Não consegui
ninguém. Finalmente, um amigo meu disse: “Deus o abençoe,
Irmão Hagin, você não está sabendo, mas preguei um reavivamento
ali durante três semanas, e só me deram uma moedinha de dez
centavos”. Dez centavos! Aquele fato veio ao conhecimento de
todos os evangelistas e diziam: “Não vá para lá. Você perderá sua
camisa, sua gravata e tudo!”
Finalmente, tive que dizer a alguns deles: “Vou lhes garantir
tal soma”. Não lhes disse que a tiraria do meu próprio bolso, se
fosse necessário.
Persuadi alguns deles a vir (Não se pode criticá-los pela sua
hesitação). A igreja cresceu e Deus nos abençoou. Quando saf de
lá, mais de 40 pregadores enviaram seus nomes como candidatos
para pastorear aquela igreja. Queriam-na então. Mas antes não
queriam aquela embrulhada.
Certa vez, estava pregando numa reunião de reavivamento
numa igreja do Evangelho Pleno e o pastor me convidou a ficar
depois do fim das minhas pregações para participar de uma
convenção missionária.
O missionário contou como tinha ido para certo pats. Em sete
anos, conseguira levar apenas duas pessoas a receber Jesus como
Senhor. Voltou desanimado para casa, mas Deus o ordenou a
voltar para o mesmo campo missionário. Foi de novo e, dentro de
um ano, 240.000 foram salvos e 70.000 batizados no Esptnto
Santo, Inaugurou 50 igrejas. Um resultado excelente, não é?
A totalidade do relatório era animadora, e depois projetou
filmes de alguns dos seus reavivamentos. Finalmente, franqueou a
reunião para perguntas. Certa esposa de pastor disse: “Irmão, noto
que sempre conta coisas boas. Outros missionários falam em
perseguições. Você nunca foi perseguido? Outros falam em
encarceramentos. Você já foi para o cárcere?”
Lembro-me que olhou para mim com um largo sorriso. Disse:
“Faço como o Irmão Hagin. É claro que sofremos tais coisas, mas
no lhes damos destaque. Contamos a respeito das coisas boas”.
Acho que assim fazemos com a mensagem da fé. Falamos a
respeito das bênçãos recebidas. Mas as pessoas não se dão conta
da existência de outras coisas.
O missionário disse: “Recebi ovos podres jogados diretamente
no meu rosto enquanto pregava. Tomates já passados e podres me
foram jogados na cara. Já fui preso. Fomos ameaçados com
prisões.
“Há um obreiro nacional, que é um superintendente ali. Por
causa de sermos crentes, não fazemos apostas. Mas temos um
pequeno entendimento. Ficamos com as malas prontas, e dizemos:
“Vou para a cadeia por causa de pregar o evangelho antes de
você”.
Paulo foi lançado no cárcere. Mas onde estaria se tivesse
murmurado e se queixado? Ainda estaria no cárcere. Mas, porque
ele estava cheio de fé, ele e Suas começaram a cantar louvores a
Deus à meia-noite. Conseguiram sair. Paulo nunca ficou doente,
mas sofreu mesmo perseguições.
Precisamos pregar os dois aspectos, mas devemos lembrarnos
de que há vitória em Jesus! É bom lembrar-nos de que aIgumas
das nossas provações mais difíceis são o modo de Deus nos levar
para uma posição de maior profundidade nEle.
Aquela primeira igreja que pastoreei foi um problema!
Descobri posteriormente que toda igreja que pastoreei era uma
igreja problemática. Certo dia, eu disse ao Senhor “Por que sempre
me levas para tais lugares?” Acho que Ele sabia que eu podia
agüentar. E Ele sabia, também, que eu precisava da experiência.
Meu ministério não seria aquilo que ele é hoje, se eu não
tivesse pastoreado aquela primeira igreja. E não seria aquilo que é
se eu não tivesse pastoreado minha iltima igreja. Algumas das
provações mais duras que passei em 50 anos de experiência são
porque fui levado pelo Espfrito de Deus. Ele sabia que a provação
estava a caminho. Era o modo de Deus me ensinar.
Há algumas coisas que não podemos aprender pela mera
leitura da Palavra escrita. É quando colocamos a Palavra em prática
que ela fica sendo real para nós.
É possível ficar sentado o dia inteiro, exclamando: “Meu Deus
suprirá todas as minhas necessidades,” e morrer de fome enquanto
vai gritando. Vi pessoas gritarem durante o dia inteiro: “Ele tomou
sobre si as minhas enfermidades, e as minhas dores levou sobre si.
Dou graças a Deus porque Ele assim o fez. Mas é somente quando
pomos a Palavra em prática e desfrutamos los resuados dela que
sabemos do que estamos falando.

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