quinta-feira, 30 de dezembro de 2010

QUE SENTIMENTOS DOMINAM VOCÊ? (silas malafaia) capitulo 4 adquira os livros!!

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CAPÍTULO 4
QUE SENTIMENTOS DOMINAM VOCÊ?
Diversos, são os atributos que poderiam ser associados ao Criador, tais como bondade, justiça e verdade. Em alguns casos, as Sagradas Escrituras o define como Luz (1 João 1.5) e Espírito (João 4.24), mas a principal observância está em 1 João 4.8,16, onde ressalta que a essência do caráter de Deus é o amor (1 João 4.8,16).
Tudo o que o Senhor faz em prol dos seus filhos tem por base o amor. Ele expressa bondade, porque nos ama. Por mais severa que seja Sua jus¬tiça, o juízo é uma medida do Seu amor. Mesmo quando erramos e entristecemos o coração do Pai, Ele está sempre pronto a perdoar-nos, porque Seu amor é incondicional. Não existe prova maior deste sentimento a favor da humanidade do que entregar o próprio Filho para morrer por nós na cruz. Porque Deus amou o mundo de tal maneira que deu o seu Filho unigênito, para que todo aquele que nele crê não pereça, mas tenha a vida eterna (João 3.16).
Não é à toa que os dois maiores mandamentos da Bíblia estão baseados exatamente no amor. Amarás o Senhor, teu Deus, de todo o teu coração, e de toda a tua alma, e de todo o teu pensamento; e amarás o teu próximo como a ti mesmo (Mateus 22.37,39). Mas tome cuidado! Não podemos dizer que o homem é amor; apenas que ama. E quando o indivíduo ama, ele se assemelha a Deus.
Com base nesta explicação, poderíamos con¬cluir que toda criatura que se diz cristã em Jesus deveria ter um coração transbordante do amor de Deus. Realmente isto seria uma realidade se não fosse o fato de muitos cristãos possuírem o coração repleto de sentimentos perversos — ódio, vingança, inveja, ciúme, tristeza, amargura. Nestes casos não houve uma transformação interior plena, o que impede o agir de Deus e do Espírito na vida do indivíduo, bem como cria uma barreira para que o Todo-poderoso interceda a seu favor durante uma adversidade.
Muitos alimentam estes sentimentos perversos por causa da ganância, da ânsia de auto-afirmação, da culpa, do descontentamento com sua vida atual. Esquecem que o cristão não deve mais viver segundo os desejos da carne nem apegar-se aos valores terrenos, mas sim, caminhar de acordo com as virtudes reservadas às novas criaturas em Cristo, reveladas por meio da Palavra.
Antes de mencionar essas virtudes, registradas no livro de Colossenses, pergunto: que sentimentos dominam você? Quais as emoções que você é capaz de sentir nas situações que vivência? De que adianta ter o conhecimento da Palavra de Deus se os valores e os princípios aprendidos não fazem parte de sua vida prática? Onde está o amor, a paciência, a sabedoria, o perdão, a fé, a esperança, o temor de Deus?

Revesti-vos, pois, como eleitos de Deus, santos e amados, de entranhas de misericórdia, de benignidade, humildade, mansidão, longanimidade, suportando-vos uns aos outros e perdoando-vos uns aos outros, se algum tiver queixa contra outro; assim como Cristo vos perdoou, assim fazei vós também. E, sobre tudo isto, revesti-vos de caridade [amor], que é o vínculo da perfeição. E a paz de Deus, para a qual também fostes chamados em um corpo, domine em vossos corações. Colossenses 3.12-15

Esta ordenança de Deus nos impulsiona, con-tinuamente, a ler, estudar e refletir sobre a Bíblia até que ela habite ricamente dentro de nós. A partir daí, nossos pensamentos, nossos desejos, nossos sentimentos e nossas ações passarão a ser contro¬lados por Cristo. Consciente disso, Paulo exortava àqueles cristãos de Colosso a exercerem amor, misericórdia e compaixão, princípios básicos do agir do Senhor para conosco.
Automaticamente, voltamos ao início deste livro, onde ressaltei a sabedoria de Salomão para lidar com as situações adversas e as questões da vida. Até mesmo porque a sabedoria é alcançada por meio de uma vida prática do conhecimento da Palavra; e esta forma sábia de encarar os desafios que estão à sua frente é a principal arma para ser um homem vitorioso.

Jesus: exemplo a ser seguido
O Filho de Deus é a nossa inspiração de vida e deve ser sempre o exemplo a ser seguido. Ao tornar-se homem, Jesus viveu de forma intensa. Teve de enfrentar tentações, suportar dores e humilhações, e ainda responder e agir com sabedoria diante das circunstâncias interpostas no seu caminho.
Por outro lado, alegrou-se e festejou com seus discípulos e amigos, operou milagres, atendeu ao seu chamado divino e ouviu a voz do Pai. O amor transbordava de Seu coração. Ele não fazia acepção de pessoas, dava atenção aos mais humildes, necessitados e doentes. Cristo perdoava seus maiores inimigos e espelhava as virtudes espirituais em todas as suas atitudes.
Sendo assim, podemos afirmar que Jesus, simplesmente, viveu. Nada impediu que o seu propósito fosse alcançado nesta terra. Ele exerceu seu ministério e cumpriu o plano de redenção. Sabe por quê? Porque Cristo agiu de acordo com os preceitos divinos, segundo os mais nobres ideais. Apesar de Ele mesmo ser uma divindade, em tudo dava graças a Deus e clamava em nome do Pai. O Messias sabia que a reverência e a obediência ao Criador lhe garantiriam a vitória.

O amor perdeu seu real significado
Ao ver o exemplo de Jesus, mais uma vez esbarramos na questão dos sentimentos que do¬minam sua vida, os quais deveriam ser, antes de tudo, guiados pelo amor. No entanto, este vocábulo está fora de moda nos tempos modernos, apesar de ser um potencial que se sobrepõe ao pecado, que vence o mal.
A mente das pessoas deturpou o real significado do amor, relacionando-o sempre à sexualidade, aos desejos carnais. Aquele amor ágape prega¬do pelo cristianismo e usado muitas vezes nos manuscritos antigos pelos autores da Bíblia caiu em extinção. Não é mais aquele sentimento divino e incondicional que nos faz perdoar, tolerar, ser misericordiosos e ter compaixão. Não é mais aquele amor que nos ajuda a guar¬dar o coração dos maus sentimentos, um lugar que deveria ser preservado, pois é dele que procedem as saídas da vida — seus valores, e atos daí resultantes.
Veja o que diz 1 Coríntios 13 sobre o amor:

Ainda que eu falasse as línguas dos homens e dos anjos e não tivesse carida¬de [amor], seria como o metal que soa ou como o sino que tine. E ainda que tivesse o dom de profecia, e conhecesse todos os mistérios e toda a ciência, e ainda que tivesse toda a fé, de maneira tal que transportasse os montes, e não tivesse caridade [amor], nada seria. E ainda que distribuísse toda a minha fortuna para sustento dos pobres, e ainda que entre¬gasse o meu corpo para ser queimado, e não tivesse caridade [amor], nada disso me aproveitaria.
A caridade [amor] é sofredora, é benigna; a caridade [amor] não é inve¬josa; a caridade [amor] não trata com leviandade, não se ensoberbece, não se porta com indecência, não busca os seus interesses, não se irrita, não suspeita mal; não folga com a injustiça, mas folga com a verdade; tudo sofre, tudo crê, tudo espera, tudo suporta. A caridade [amor] nunca falha; mas, havendo profecias, serão aniquiladas; havendo línguas, cessarão; havendo ciência, desaparece¬rá; porque, em parte, conhecemos e, em parte, profetizamos. Mas, quando vier o que é perfeito, então, o que o é em parte será aniquilado.
Quando eu era menino, falava como menino, sentia como menino, discorria como menino, mas, logo que cheguei a ser homem, acabei com as coisas de me-nino. Porque, agora, vemos por espelho em enigma; mas, então, veremos face a face; agora, conheço em parte, mas, então, conhecerei como também sou conhecido. Agora, pois, permanecem a fé, a esperan¬ça e a caridade [amor], estas três; mas a maior destas é a caridade [amor].

Esta é a essência do verdadeiro amor que precisa ser resgatada no coração dos indivíduos, para que possam entender que nada vale a pena se não houver amor. Para entender melhor a razão de eu estar insistindo tanto neste assunto, veja o que o apóstolo Paulo ensinou em Romanos 13.10: O amor não faz mal ao próximo; de sorte que o cumprimento da lei é o amor.

Não tome decisões por emoção
No coração está a fonte dos desejos e das decisões. O cristão, porém, precisa tomar cuidado. Enganoso é o coração, mais do que todas as coisas, e perverso; quem o conhecerá? (Jeremias 17.9). Não adianta negar que muitas vezes a emoção influencia nosso poder de decisão. Quando é preciso agir ou reagir a uma determinada situação, aquilo que sentimos é o que tenta impulsionar nossa atitude.
Ao pensar nessa questão, somos confrontados pela famosa dúvida de qual será o melhor parâmetro para a tomada de decisão: a razão ou a emoção? De imediato, a melhor resposta seria ter uma atitude equilibrada e ponderada tendo por base essas duas condições humanas, levando-se em conta a circuns¬tância e o momento. Só que este não é o foco. A solução para esse impasse engloba algo que está além de nossas capacidades humanas.
Quando alguém se depara com o poder de escolha ao enfrentar uma dificuldade, é comum a razão e a emoção embaraçarem o pensamento. Ou as lágrimas e a tristeza o deixam fragilizado demais para tomar uma decisão sensata, ou a felicidade do momento o força a agir por impulso. Ou seja, se algum sentimento estiver em evidência naquela ocasião, perde-se totalmente o senso crítico.
Em uma tribulação, seu coração o aconselha a murmurar e criticar, enquanto que a Palavra de Deus diz para você regozijar-se na presença do Senhor, porque a dificuldade lhe ajudará a crescer pessoal e espiritualmente. Na doença, o coração lhe impulsiona a desesperar-se. As Sagradas Escrituras, porém, revelam que você deve crer que já foi curado pelo sangue de Jesus.
Este conflito acontece porque o coração não foi feito para enfrentar qualquer tipo de dificul¬dade, mas para sentir. Ele é incapaz de inspirar a melhor direção, pois os sentimentos que habitam nele são alimentados pelas circunstâncias. Entre-tanto, quando sua fé e direção são depositadas no Senhor, apoiadas na Palavra de Deus, você jamais desanimará diante dos problemas e deixar-se-á le¬var pelas emoções. É o Espírito Santo que vive no seu coração que o ajudará a discernir como agir diante das dificuldades.

Deus sonda os corações
Quantas vezes você já ouviu que Deus quer o seu melhor? Isto pode ser notado no trabalho, no ministério, em casa, na rua, na faculdade, na igreja, enfim, em qualquer lugar e ocasião. Consciente disso, por exemplo, você escolhe a melhor roupa e faz uma autoprodução exclusivamente para ir à casa do Senhor adorá-lo. Realmente, o Pai deve ficar muito feliz ao ver seu carinho e sua alegria de estar na igreja.
No entanto, apesar de o Todo-poderoso apre¬ciar essa atitude, saiba que Ele não está preocupado com a aparência. Importa sondar como está o coração, e examinar as reais intenções. Este poder do Senhor de distinguir e discernir os sentimentos que residem em nós foi contemplado por Samuel, quando recebeu a ordem divina para ir à casa de Jessé ungir um dos filhos dele como rei.
Ao chegar lá, o profeta observou sete filhos daquele homem. A escolha natural para assumir o reinado seria o rapaz mais velho, mas esta não seria a opção divina. Logo, o Altíssimo falou a Samuel: Não atentes para a sua aparência, nem para a altura da sua estatura, porque o tenho rejeitado; porque o SENHOR não vê como vê o homem. Pois o homem vê o que está diante dos olhos, porém o SENHOR olha para o coração (1 Samuel 16.7).
Após olhar os filhos de Jessé, finalmente Samuel encontrou o homem escolhido pelo Senhor para reinar sobre Israel. Era Davi, um pequeno rapaz que havia acabado de chegar do campo, onde estava apascentando as ovelhas.

Ninguém engana o Senhor
O ser humano vê a aparência e pode mascarar seu real sentimento para com um amigo, colocando um sorriso no rosto, demonstrando simpatia, en¬quanto seu coração pulsiona de raiva por causa de alguma decepção com o colega. Afinal, os homens são facilmente enganados.
Com o Senhor, porém, é diferente. Ninguém pode fugir dos olhos de Deus e muito menos es¬conder aquilo que sente em seu coração. Ele é onipotente e onisciente, por isso é capaz de saber todos os nossos pensamentos, motivos, desejos e temores interiores diante de qualquer situação. Este atributo do Altíssimo também foi descoberto por Davi, e registrado em forma de poema, no Salmo 139.1-7:

SENHOR, tu me sondaste e me co¬nheces. Tu conheces o meu assentar e o meu levantar; de longe entendes o meu pensamento. Cercas o meu andar e o meu deitar; e conheces todos os meus cami¬nhos. Sem que haja uma palavra na minha língua, eis que, ó SENHOR, tudo conheces. Tu me cercaste em volta e puseste sobre mim a tua mão. Tal ciência é para mim maravilhosíssima; tão alta, que não aposso atingir. Para onde me irei do teu Espírito ou para onde fugirei da tua face?

Não adianta tentar enganar o Senhor. Foi Ele quem nos criou. Deus se importa conosco e conhece-nos como ninguém. Ele sabe, inclusive, quantos cabelos temos na cabeça, algo que nós mesmos não sabemos a quantidade (Mateus 10.30). Mais do que isso, o Altíssimo sabe o que é melhor para nossa vida. Por isso, Ele faz tanta questão de que guardemos os Seus mandamentos. São estes ensinamentos que nos guiarão por um caminho próspero e vitorioso em meio às afrontas e adversidades que surgem no cotidiano.

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