quinta-feira, 30 de dezembro de 2010

SÓ A PRESENÇA DE JESUS capitulo 7 (silas malafaia)

CAPÍTULO 7
SÓ A PRESENÇA DE JESUS
SÓ A PRESENÇA DE JESUS

Qual é o objetivo de o Espírito Santo habitar em nós e gerar-nos espiritualmente, fazendo de nós novas criaturas? É permitir que esse novo homem, à imagem e semelhança de Cristo, tenha vida eterna v desfrute de todas as bênçãos que estão destinadas aos herdeiros de Deus e co-herdeiros de Cristo (Romanos 8.1 7; Efésios 3.6).
Em João 5.24, Jesus ensinou:
Na verdade, na verdade vos digo que quem ouve a minha palavra e crê naquele que me enviou tem a vida eterna e não entrará em condenação, mas passou da morte para a vida.
Só por intermédio de Jesus temos vida eterna.
Em nenhum outro há salvação, porque também debaixo do céu nenhum outro nome há, dado entre os homens, pelo qual devamos ser salvos.
Atos 4.12
O problema é que muitos não entendem isso. Querem apenas as bênçãos materiais, como fazem os que não conhecem Deus, e desprezam o mais importante: as coisas espirituais e eternas.
Buscando mais a bênção do que o Abençoador?
Em João 6.1-13, é narrada uma história que ilustra bem esse problema: a história da multiplicação dos pães e peixes realizada por Jesus durante Seu ministério terreno. Nesse episódio, é enfatizado que o povo ficou tão maravilhado com o milagre que queria aclamar Jesus como rei, mas Ele se desvencilhou da multidão, e seguiu sozinho para o monte, para orar ao Pai celestial.
Os judeus viram em Jesus as qualidades de um Rei que supriria as suas necessidades materiais e os libertaria definitivamente do jugo de Roma.
Porém, o plano de Deus naquele momento era implantar um reino espiritual e revelar a grandeza do Seu amor à humanidade.
No dia seguinte, quando Jesus viu que uma multidão procurava por Ele novamente, exortou-a:
Na verdade, na verdade vos digo que me buscais não pelos sinais que vistes, mas porque comestes do pão e vos saciastes. Trabalhai não pela comida que perece, mas pela comida que permanece para a vida eterna, a qual o Filho do Homem vos dará, porque a este o Pai, Deus, o selou.
João 6.26,27
Alguns na multidão questionaram: Que faremos para executarmos as obras de Deus? (v. 28) Jesus foi claro e direto: A obra de Deus é esta: que creiais naquele que ele enviou (v. 29).
Você pensa que eles entenderam? Não! Alguns pediram sinais a Jesus de que Deus o tinha enviado, alegando que Deus, no passado, dera pão do céu, maná, ao Seu povo, como sinal de que Moisés era Seu profeta. Jesus explicou:
Na verdade, na verdade vos digo que Moisés não vos deu o pão do céu, mas meu Pai vos dá o verdadeiro pão do céu. Porque o pão de Deus é aquele que desce do céu e dá vida ao mundo. Eu sou o pão da vida; aquele que vem a mim não terá fome; e quem crê em mim nunca terá sede. Porquanto a vontade daquele que me enviou é esta: que todo aquele que vê o Filho e crê nele tenha a vida eterna; e eu o ressuscitarei no último Dia. Eu sou o pão da vida. Eu sou o pão vivo que desceu do céu; se alguém comer desse pão, viverá para sempre; e o pão que eu der é a minha carne, que eu darei pela vida do mundo. Na verdade, na verdade vos digo que, se não comerdes a carne do Filho do Homem e não beberdes o seu sangue, não tereis vida em vós mesmos. Quem come a minha carne e bebe o meu sangue permanece em mim, e eu, nele. João 6.32,33, 35, 40, 48, 50, 51, 53, 56
Quando ouviram que deveriam comer a carne e beber o sangue de Jesus, as pessoas não entenderam o significado espiritual daquilo e foram saindo de fininho, deixando Jesus. Os discípulos interrogaram o Mestre, dizendo: Duro é este discurso; quem o pode ouvir? (João 6.60b) E, desde então, muitos seguidores de Jesus deixaram de andar com Ele. No entanto, o Mestre continuou firme. Ele não fez como muitos pregadores de hoje que costumam falar apenas aquilo que convém ao povo, para não perder apoio. Jesus não mudou o Seu discurso. Continuou falando a verdade e exortando as pessoas a arrepender-se de seus pecados, a tomar a sua cruz e segui-lo.
Ao perceber que muitos entre a multidão que o seguia o tinham abandonado, Jesus olhou para Seus discípulos e perguntou: Quereis vós também retirar-vos? (João 6.67) Mas Pedro, tomando a frente, respondeu: Para onde iremos nós? Só tu tens as palavras de vida eterna e temos conhecido e crido que tu és o Cristo, o Filho do Deus vivo (v. 68,69).
A reação daquela multidão é muito parecida com a do povo hoje. Muitos aceitam Jesus não para ter sua comunhão com Deus restaurada e ter a vida eterna, mas porque desejam ser abençoados materialmente. Querem receber um milagre; querem a bênção, mas não o Abençoador.
Essas pessoas costumam mudar de igreja quando não ouvem o que gostariam e participar de campanhas de milagres; contudo, não demonstram ter o fruto do Espírito e atitudes condizentes com as de um cristão autêntico, que deseja a salvação e a vida eterna em Cristo. Elas estão enganando a si mesmas e, se não revirem seus conceitos e valores, vão acabar indo parar no inferno, porque, como indagou Jesus: Pois que aproveita ao homem ganhar o mundo inteiro, se perder a sua alma? (Mateus 16.26)
A presença de Jesus é a única garantia de vida eterna
Só Jesus Cristo salva. A presença dele em nossa vida é a garantia da vida eterna!
O Senhor Jesus Cristo quer estar presente na sua vida, mas tem um detalhe muito interessante. Em Apocalipse, Ele diz assim: Eis que eu estou à porta e bato; se alguém abrir a porta, eu entrarei e cearei com ele, e ele comigo. Isto significa que Jesus não é violador da vontade de ninguém. Ele só entra na vida de alguém e permanece se este quiser.
Se você permitir, Jesus Cristo entrará realmente em seu coração, fará morada e uma mudança extraordinária, curando suas emoções, dando-lhe discernimento, sabedoria, amor e dons espirituais, para você viver melhor consigo mesmo e com seu próximo e ser um canal da graça de Deus para abençoar outros. Além disso, Jesus lhe concederá um presente especial: a vida eterna e a Sua extraordinária presença durante toda a sua existência.
No capítulo seguinte, veremos sobre a importância de não apenas atrair a presença de Jesus para a nossa vida, mas de mantê-la conosco até o fim da nossa jornada.

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